BUGRE PANCADA

   BUGRE PANCADA   

 

Bugre do zóio puxado,

Das melena balançando,

E dos pé espaiado ,

Assim vou descambando,

Todo este velho passado.

 

Calmo e sorridente,

Quando ia pros banhado,

Mesmo que falte uns dente,

Mas nunca acavanhado,

Sem dúvidas, certamente.

 

Era o melhor no que fazia,

Desde a trova até a lida bruta,

Até meu professor de poesia,

Mas foi a morte xucra,

Que nos levou o rei da cantoria.

 

Espero com essa homenagem,

Agradecer-lhe por tudo,

É uma xucra mensagem,

Igual a você, índio cuiúdo,

Um vento teatino na paisagem.

 

Ass. Mateus Sala.

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