CUIÚDO HARAGANO
CUIÚDO HARAGANO
Me falaram de tal crioulo,
Da cidade de um certo Tenente,
Taura e cuiúdo certamente,
Criado em campo aberto,
Bagual haragano isso é certo,
Sem doma e nem acabresto,
Humildade e não pretexto,
Honestidade é sua virtude,
De quando em vez rude,
Que é pra não se acostuma,
E perde o jeito e se doma,
Que sempre seja e nunca mude.
É um índiato ainda jovem,
Alma de guasca e teatina,
Pro mundo veio a grito cumprir sua sina,
Pois, já traz correndo na veia,
Dos antigos velhos de peleia,
É como o antigo ditado,
Quem dos seus não puxa raça não passa de um desgraçado,
Que me chamem de grosso,
Meu maior prazer é ata o lenço no pescoço,
Pra que não morra a lembrança do passado.
Ass. Mateus Sala.